A Residência Gonçalves foi planejada para atender as expectativas de uma habitação urbana, mas que devido a sua inserção num contexto litorâneo guardasse as referências de uma casa de praia. O partido adotado, aludindo às reflexões de Armando de Holanda, propõe uma coberta frondosa , a permeabilidade dos ambientes e uma convivência com o espaço exterior.
O programa bastante extenso exigiu um elevado índice de ocupação e conseqüentemente a otimização no aproveitamento do terreno. Deste modo tornou-se compulsório o tratamento paisagístico das áreas remanescentes de forma a amenizar o impacto entre o volume construído e o terreno .
O térreo abriga os ambientes sociais e de serviço enquanto que o pavimento superior ficou reservado à área íntima.
A obra utiliza-se de referências notadamente vernaculares, explorada nos elementos construtivos como a madeira, a pedra e a cerâmica; e contemporâneas, nos apoios metálicos em aço inox. O frio da cor azul que “solta” todo o telhado do corpo da edificação equilibra e complementa, cromaticamente, o tom quente do laranja, aplicado na varanda.O térreo abriga os ambientes sociais e de serviço enquanto que o pavimento superior ficou reservado à área íntima.
Os terraços exercem um papel fundamental no equilíbrio da proposta. Não apenas por proteger os ambientes internos da insolação abrasadora, mas fundamentalmente por estabelecer uma conexão visual com o espaço urbano, ampliando os horizontes do espaço edificado.
Na fachada leste, onde foram dispostos os ambientes de maior permanência, utilizou-se esquadrias com veneziana móvel para controlar a iluminação natural e o fluxo dos ventos dominates. Na fachada poente foi utilizada uma alvenaria de maior espessura para inibir a transmissão de calor para a circulação interna.FICHA TÉCNICA
Arquitetura: Manoel Farias, Oliveira Júnior, e Glauco Brito
Colaboração: Ricardo Vidal
Fotos: Cácio Murilo
Local: João Pessoa/Pb
Projeto: 2002
Obra: 2003
Terreno: 360,00m²
Área: 367,43m²
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